ESTRELLA DE LA MAÑANA EXTRAIT - UNE NUIT NOMADE

As costas montanhosas do Leste do México fundiam-se no véu quente e húmido do final do verão. Em Veracruz, a filha do Rei Tenizti III, de uma beleza devastadora e apelidada de Estrella de la Mañana, corria pelas planícies. Ela cruzou o olhar com um jovem rapaz que usava chifres na cabeça, o Príncipe Cervo. Eles trocaram apenas algumas palavras, mas a magia do amor estava em movimento.

Quando o Rei Tenizti III soube desta romance, ficou cego de raiva. Ele enviou seus sacerdotes em sua perseguição. O céu escureceu. Ele decidiu que as almas de Estrella de la Mañana e do Príncipe Cervo seriam sacrificadas para apaziguar a ira dos Deuses.

Das lágrimas do seu sangue nasceu um pequeno arbusto, cujos ramos se entrelaçaram como os amantes durante o seu último abraço. Flores em forma de estrelas cobriram a árvore inteira. Alguns dias depois, as primeiras vagens de baunilha negra balançaram ao sabor do vento, sussurrando a fragrância dos amantes desaparecidos.

‘Estrela da Manhã’ é uma vagem de baunilha negra, cortada ao meio e consumida na lareira ardente de uma chaminé. O pó negro de cacau e a redondeza da baunilha conferem-lhe um rasto único.